Métodos dos últimos 50 anos, algumas
partituras e fartas evidências no You-Tube comprovam a hipótese de que
violonistas da atualidade estão incorporando crescentemente as
digitações heterodoxas na resolução de escalas em velocidade. Estas são baseadas
em células não binárias (como a-m-i ou p-m-i); o norte-americano C.
F. E. Fiset e Narciso Yepes foram pioneiros importantes. Outros gestos
inovadores estão sendo igualmente integrados, como os toques
escovados (baseado no termo “brush stroke” do inglês), as escalas
em campanella e a performance ornamental usando
técnicas arpejadas.
Na palestra, o ministrante irá exemplificar as
suas pesquisas sobre estes elementos técnicos a partir das suas escolhas para
a performance da Chaconne BWV 1004 de J. S. Bach.
Doutor em Música
(UNIRIO – 2008), Nicolas de Souza Barros é um conceituado especialista
brasileiro de instrumentos eruditos de cordas dedilhadas, como os violões de
oito e seis cordas, alaúdes diversos, vihuela e guitarra barroca.
Na sua tese
de doutorado "Tradição e Inovação no Estudo da Velocidade Escalar do
Violão”, criou um modelo de digitação integrando técnicas heterodoxas dos
últimos quinhentos anos de execução de cordofonistas.
Dedica-se a partir de
2004 ao violão de oito cordas de afinação expandida (com a primeira corda
afinada em Lá 3), para o qual está criando um repertório novo composto por
arranjos de obras originais para outros instrumentos e lançando em 2014 o
CD Ernesto Nazareth por Nicolas de Souza Barros – violão de oito cordas.
Desde 1990, é professor de violão clássico e matérias conexas da Universidade
Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), também atuando no programa do
recém criado Mestrado Profissional em Música da mesma instituição (PROEMUS).
Seus alunos de Bacharelado tem tido atuação destacada em concursos e
instituições nacionais e estrangeiras, e muitos são atualmente professores
de importantes instituições federais e estaduais.
Integra o
conhecido conjunto de música antiga Quadro Cervantes (2 CDs),
e tem desempenho profícuo como concertista, camerista e docente. É desde 2001 o
Diretor Artístico da Associação de Violão do Rio (AV-Rio),
ajudando a organizar centenas de eventos, entre os quais quinze concursos e
três CDs coletivos. Estreou dezenas de obras para violão (estreias nacionais e
mundiais), tocando em diversas Bienais de Música e colaborando com compositores
como Edino Krieger, Ricardo Tacuchian, Alexandre Eisenberg, Nicanor Teixeira,
Arthur Verocai, Pauxy Gentil-Nunes, J. Orlando Alves e Luiz Otávio Braga.
Lança
em 2015 o CD Ravel e Debussy: Imagens, também voltada às suas
transcrições de obras pianísticas para o violão de 8 cordas.
* A palestra será realizada dia 11/12 às 16:30 horas na sede da EMBAP.
* A palestra será realizada dia 11/12 às 16:30 horas na sede da EMBAP.
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